domingo, 20 de janeiro de 2019

Dia 41 O Poder do que Sentimos parte 2


Na meditação passada expliquei sobre controlar o que sentimos e principalmente sobre os diferentes níveis de intensidade emocional, inteligência emocional, resistência emocional entre outros. Na meditação de hoje quero terminar o que comecei na meditação anterior.

Agora que você sabe que o que sentimos é tão poderoso, como podemos fazer para aumentar os dias em que estamos bem? Como podemos melhorar nossa capacidade de lidar com problemas e conflitos?

No Livro de Paul Ekman chamado “A Linguagem das emoções” tem muita informação valiosa, e nesse link irá encontrar mais sobre emoções, inteligência emocional, conceito de competência emocional

“A regulação emocional tem como objetivo coordenar as nossas respostas a acontecimentos do nosso quotidiano, logo, sempre que tivermos uma emoção podemos dizer que ela está a regular as nossas respostas.

O propósito da regulação emocional, é assim, manter reguladas as emoções pois se forem excessivamente intensas e se se prolongarem mais do que necessário, estas desequilibram a estabilidade do indivíduo.” – e-book do link acima.

Esse regulador, todos nós temos, e é diferente de pessoa para pessoa. Logo não podemos esperar que pessoas diferentes reajam da mesma maneira ao mesmo acontecimento.

Uma vez que sabemos que algo dentro de nós regula nossas emoções, sabemos que é algo inato ou seja, que não pode ser controlado. Uma vez que não pode ser mudado não tem como controlar. Essa é a razão de você não controlar o que sente.

Sendo assim, o que podemos fazer?

Se realmente queremos uma vida emocional mais equilibrada temos que nos focar no que podemos controlar.

Muitos pensam que podem controlar seus pensamentos ou controlar seus comportamentos, mas nós sabemos que não controlamos nossos comportamentos e pensamentos como pensamos ou imaginamos.

Então, o que podemos fazer?

Desde quando você era pequeno você nunca teve a oportunidade de iniciar o desenvolvimento emocional correto. O que você desenvolveu foi baseado justamente em suas experiências de vida, a sociedade, a religião, o sistema, ambiente, o governo, entre outros. Seu nível de desenvolvimento emocional é baseado no máximo que é permitido nesse sistema. E nós sabemos que o nível de desenvolvimento emocional baseado no sistema atual é de nível 4.

De forma simples, você não atingiu o potencial que deveria e em consequência muitos dos problemas em relacionamentos, nas famílias, em lidar com a depressão, com suicídio, crimes passionais e assim por diante é muito alto. O que é interessante é que quando a inteligência emocional é muito bem desenvolvida, esses problemas caem em mais de 80%.

Além disso o que sentimos pode passar facilmente do “ponto limite”, que é o máximo que aguentamos. Depois que o que sentimos ultrapassa o ponto limite, não adianta dizer:

  Ø A pessoa não sai da situação porque não quer
  Ø A pessoa é fraca
  Ø A pessoa controla o que sente, ela não deveria ter feito o que fez

Entre outras coisas. A verdade é que essa frases são irrelevantes e demonstra o quanto a mentalidade e o desenvolvimento emocional da sociedade é fraco.

Quando o que sentimos é muito intenso ou se você preferir “forte”, irá determinar o que pensamos, nossas decisões e comportamentos. A única maneira que existe para a pessoa se livrar de uma situação terrível, somente será possível se a intensidade emocional diminua. Não faz sentido você dizer pra pessoa que ela irá sair do buraco que se encontra. O correto é explicar que ela somente irá sair do buraco quando o que ela sentir perder a intensidade ou seja, perder a força.

Imagine uma pessoa que se envolveu com um pastor casado, com filhos, 20 anos mais velho, e ambos transavam dentro da igreja. Imagine esse cenário. Ambos estão no controle do que sentem ou o que sentem está determinando o que eles podem ou não fazer?

O que eles sentem está tão forte que são incapazes de não cometer esses atos terríveis. Inclusive, entrevistei várias mulheres e muitas delas que disseram que fizeram loucuras e até se meteram em situações perigosas, o que sentiam estava muito além daquilo que elas podiam lidar. Uma delas disser assim pra mim:

  Ø Eu não gosto do sentimento muito forte porque eu perco totalmente o controle sobre minha ações e prejudico demais minha vida.

Vamos imaginar outra situação. Imagine que um rapaz está namorando e a namorada termina com ele só que ele fica perseguindo ela. Ele não tem a intenção de machuca-la e sabe que o que ele faz é errado, porque ele continua a fazer?

Novamente, o que ele sente é tão forte que o impede de seguir em frente. Nesse caso, para que ele consiga evitar esse comportamento prejudicial, somente será possível se a intensidade emocional diminuir. No caso dele a intensidade emocional permite que ele tenha uma vida normal somente depois de 6 meses do termino. Na maioria dos casos é isso que acontece, porém para outras pessoas esses 6 meses pode ser 1 ano, 2 anos, 10 anos, uma vida inteira e em alguns casos, o que a pessoa sente é tão poderoso que distorce o que é certo e errado. E isso faz com que a pessoa entende que a única forma de acabar com a dor é se matando ou matando ou machucando o ex companheiro(a).

Entenda que quando o que sentimos está no controle, nos tornamos uma pessoa completamente diferente e podemos fazer coisas que nunca imaginamos fazer. Por isso é importante usar estratégias de termino que são estratégias de termino inteligentes, que permitem que o pior não ocorra. Porém, o sistema atual não ensina nada disso, logo mais de 200 milhões de pessoas no brasil e 7 bilhões no mundo, estão ferradas. O sistema que temos aqui, é o mesmo para o resto do mundo.

Inclusive existe uma série com o nome de “Stalker” que é muito boa e mostra muito desses comportamentos prejudiciais que não acontecem porque a pessoa quer, mas sim, porque a pessoa não tem como controlar ou lidar com aquilo corretamente. O que ela sente está no controle e por causa disso, a pessoa pode se transformar em alguém muito prejudicial.

Por que estou dizendo isso?

Essas pessoas mencionadas acima não mataram ninguém. Não se mataram. Não usaram de violência para resolverem a situação. Porém, para milhares de pessoas ao redor do mundo, o que elas sentem chega ao nível muito grave e destruidor.

Por exemplo, como posso culpar alguém que pegou a pessoa traindo e desceu a porrada nos dois ou que matou o(a) amante? E outra pergunta que irá deixar você de cabelo em pé: como posso culpar a pessoa por trair se o que ela sente também dominou a situação e a fez cometer um ato terrível que levou a morte ou a violência?

Em crimes passionais tem muita gente que diz que “a pessoa não concordava com o termino”, essa é uma frase falsa e irrelevante. O motivo de ser irrelevante e falsa é que a frase é uma consequência e não a razão.

É muito importante entender que a razão de crimes passionais que levam tantas pessoas a fazerem boletim de ocorrência, pararem em hospitais e assim por diante, é algo que está totalmente fora do controle da pessoa. Não é uma justificativa para fazer coisas ruins. E sim um alerta porque o sistema atual não faz nada para resolver esse problema.

O sistema atual prefere garantir que alguém morra, do que tomar ações imediatas e importantes. O sistema atual é uma porcaria e coloca as pessoas em situações onde morrem. Por exemplo, eu me cansei das vezes em que li ou assisti que duas pessoas morreram por causa do sentimento. Se o sistema fosse excelente, sabe quantas pessoas morreriam por causa do que sentem? Quase nenhuma porque o sistema iria resolver a situação ao invés de deixar as pessoas se virarem sozinhas.

Por exemplo, é comum depois do termino, que as coisas não corram tão bem. Isso porque o sentimento foi cortado abruptamente e em consequência para muitas pessoas é extremamente difícil de lidar com isso. É comum que a pessoa diga que ama mas o amor com o termino intensifica o ódio, a raiva, a dor, e isso faz com que a pessoa tenha comportamentos e atitudes agressivas, ameaçadoras, e mortais.

Quando o que sentimos controla nossas ações, decisões, atitudes, comportamentos, é o que os profissionais chamam de Patologia (doença emocional). Existem pessoas que sofrem de paixão patológica. Geralmente as mulheres sofrem mais de paixão patológica e por causa disso fazem loucuras que estatisticamente é muito maior do que a dos homens que sofrem do mesmo problema. Em contrapartida os crimes mais violentos, levando a morte, bem, a história se inverte. Os homens cometem os piores crimes movidos pelo que sentem.

“A mas o amor é lindo”, meu caro, o que “lindo” realmente significa? É lindo porque é uma necessidade humana ou é lindo porque a maioria das pessoas não entendem aquilo que sentem e acreditam que tem algo de especial no que sentem?

Existem pessoas que dizem “eu nunca me senti assim antes” e justificam ações prejudiciais desde que consigam satisfazer o que sentem.

Outro detalhe importante é que quanto mais jovem, mais tendem a agir pelo que sentem. 

  Ø Crianças agem quase que 100% pelo que sentem.
  Ø Adolescentes agem 80% pelo que sentem.
  Ø Jovens agem 60% pelo que sentem
  Ø Adultos agem pelo menos com 40% do que sentem.

Esses números podem mudar se o desenvolvimento emocional iniciar na fase infantil ou seja, quando somos crianças e deve se manter por toda a vida. Dessa forma os números apresentados acima podem ser mudados. Porém é importante entender que nunca chegará a 0%. Nós somos seres humanos e não seríamos o que somos sem o que sentimos. O que sentimos determina completamente nossas vidas. E sem o que sentimos não conseguiríamos sobreviver ou reproduzir.

A primeira coisa que devemos fazer é ler os materiais com as melhores informações disponíveis. Através dessas informações iremos abrir nossos olhos para o conhecimento que antes não tínhamos. Apenas tome muito cuidado porque se você não conseguir evitar as piores informações, sua inteligência emocional estará em risco.

A segunda coisa que devemos fazer é entender o que podemos fazer para entender nossos padrões emocionais. Essa opção é muito importante porque ela não existiria se desde pequenos aprendêssemos a desenvolver o nosso emocional.

Para entender os nossos padrões emocionais é muito fácil. Uma dica muito interessante é que a partir de hoje, você anote tudo o que aconteceu com você de positivo ou negativo baseando-se no que você sente.

    1.     Imagine que em algum momento do seu dia, o prazer ou a dor, ficou muito intenso. Quem sabe ficou muito feliz ou então muito triste, quem sabe ficou estressado ou muito nervoso. Tudo isso é ótimo e perfeito porque agora você irá anotar tudo o que enfrentou em consequência do que estava sentindo.

Essa anotação precisa ser feita cheia de detalhes. Precisa conter:

  Ø De 0 a 10, qual foi a intensidade do que sentiu?
  Ø O que o que você sentiu o levou a fazer?
  Ø Por quanto tempo durou o que você sentiu até que você voltou ao seu estado normal?
  Ø Quais foram as consequências baseadas naquilo que estava sentindo?
  Ø Quais eram os pensamentos que passou em sua cabeça na hora?
  Ø Você estava em uma situação que poderia sair ou que era obrigado a ficar?
  Ø Ao ser obrigado a ficar na situação o que estava acontecendo com seu emocional? Ficando pior ou melhor? Quais eram seus pensamentos, vontades e desejos? O que pensava e o que fez?
  Ø Quais foram seus comportamentos: brigar, se afastar, tomar uma água, tomar um ar, ir pra cima, demonstrar insatisfação?
  Ø Qual o nível de sensibilidade ou seja, o quanto as pequenas coisas te incomodavam?
  Ø Em quem você descontou sua raiva e frustração? Filhos? Esposa? Alguém desconhecido?
  Ø O que piorou o seu estado emocional?

Entre outras perguntas que você pode fazer.

    2.     Depois de responder todas as perguntas está na hora de encontrar soluções para lidar com a situação da melhor forma. Caso ignore o que acabei de dizer, uma pessoa comum, precisa cometer 20 vezes ou mais o mesmo erro ou passar pela mesma situação desagradável, para somente então começar a “mudar o comportamento negativo ou a forma como lida com o que sente em um determinada situação em particular”.

Isso acontece porque a adaptação natural do ser humano é muito lenta, porém a adaptação consciente é muito mais rápida. O problema é que a adaptação natural além de ser muito lenta, não oferece as melhores soluções porque ela segue os padrões da programação humana ou seja, o que é inato ao ser humano e também segue o padrão de adaptação obrigatório em nosso ambiente. Por isso que a inteligência emocional de diferentes pessoas é diferente em diferentes lugares. Mude o ambiente, e naturalmente você afeta o desenvolvimento emocional.

A adaptação consciente também é uma adaptação natural porém quando decidimos ser responsáveis por nossa evolução emocional. E é isso que estamos fazendo.

Ao responder as perguntas do ponto anterior você descobriu uma boa parte do seu padrão. Por exemplo, o estresse tem diferentes padrões porque tem diferentes níveis. O tipo de estresse de nível 1 é muito diferente do tipo de estresse do nível 10, onde você perde completamente a noção e o controle sobre seus comportamentos, escolhas, atitudes e etc.

Não diga que você “descobriu” o padrão do seu estresse. O correto é você dizer que descobriu o padrão de um determinado nível do seu estresse. Se você descobriu o padrão de nível 7, então dá pra ter uma ideia do quão ruim será o próximo nível de padrão, que seria o 8, depois o 9 e o pior de todos, o padrão 10. Através da descoberta de um nível de padrão, podemos ter uma ideia do quão ruim serão os próximos e esse é um dos objetivos ao utilizar a adaptação consciente.

Se você conseguir prever como será os seus piores padrões, então você irá criar uma lista de coisas que pode fazer para lidar com os piores padrões ou seja, aqueles padrões que estão muito além de seu limite emocional.

Como posso prevenir ou até mesmo lidar melhor com esses padrões?

A resposta não é difícil. Você pode optar pelas seguintes respostas:

     1.     Fugir da situação que causou o padrão
     2.     Continuar no padrão para testar e aumentar sua resistência
     3.     É obrigado a ficar no padrão.

Nas duas primeiras opções, você é quem determina suas ações, ao menos na maioria das vezes. Existem pessoas que tem tendências de fuga ou seja, que em situações de perigo ou de forte intensidade emocional se isolam, fogem, enquanto outras preferem enfrentar e podem causar muitos problemas.

E a última opção é somente para as pessoas que não possuem as opções 1 e 2. Por exemplo, alguém que está sofrendo de paixão patológica não tem como sair da situação. Ela é obrigada a ficar na situação e tudo o que pode fazer é trabalhar em encontrar maneiras de diminuir a intensidade emocional. Somente depois que a intensidade emocional diminuir, então a pessoa conseguirá tomar decisões envolvendo as opções 1 e 2.

Se você ver alguém em uma situação muito ruim sem chances de sair, geralmente ou é por causa da opção 3 ou envolve outras razões como conveniência, ameaças, medo, que impedem que a pessoa saia da situação. O ambiente a falta de oportunidade de sair da situação interfere na decisão.  Por isso avalie a situação antes de chegar a conclusões precipitadas. Ao invés de aceitar o primeiro pensamento que vem em sua cabeça, tente analisar a situação de forma diferente e se pergunte se a pessoa é obrigada a se manter em uma situação da qual não pode evitar ou sair. Se ver alguém perseguindo alguém, então você sabe que nessa situação a pessoa também é uma escrava porque não tem como evitar ou sair desse padrão de comportamento prejudicial.

Quando temos as opções 1 e 2 devemos tirar o melhor delas. O segredo é você avaliar suas opções em cada cenário. Por exemplo, vamos pegar o estresse. Todo estresse passa por fases:

     1.     Fase 1 ou inicial
     2.     Fase 2 ou intermediária
     3.     Fase 3 ou fase de transição de intermediária para final
     4.     Fase 4 ou fase final

Toda emoção pode passar por uma dessas fases ou por todas elas. Se você for capaz de reconhecer o estresse na fase 1 ou seja, no começo, no início, será capaz de criar uma estratégia para evitar que o seu estresse fique pior. É claro que não controlamos o mundo ao nosso redor mas podemos tomar decisões diferentes como por exemplo, se estou estressado e ficarei muito mais por causa do transito que irei pegar, posso optar por trabalhar até mais tarde ou depois do trabalho ir para um restaurante ou lugar tranquilo e ficar lá por um tempo. E somente depois, pegar a estrada porque não terá transito. Essa é uma forma inteligente de evitar uma situação pior quando tenho escolha.

Uma simples ação que impediu que o estresse chegasse na fase 2 ou maiores.

A fase 1 é a fase onde você reconhece o que está sentindo. Por exemplo, quando você acorda, você consegue conscientemente determinar se você está bem, se está normal ou se está mal. Você faz isso até sem querer.

Como você pode fazer isso durante o dia?

Deixe recados em vários lugares e deixe lembretes todos os dias e até mesmo várias vezes durante o dia, onde você irá responder a seguinte pergunta:

   Ø O que você está sentindo agora?

A intenção dessa pergunta é muito poderosa e tem como objetivo fazer com que você pense no que está sentindo. Com o passar do tempo você fará isso automaticamente e será capaz de sentir ou perceber quando seu estado vai ficar pior. E se você ignorar o que acabei de dizer, o que irá acontecer é que continuará como a maioria dos perdedores e fracassados.

Bem, o que você fará assim que descobrir que o seu estado emocional pode ser alterado por causa de alguma situação?

Nesse caso você precisa ter opções do que fazer. E somente você pode determinar o que fazer e também, terá que fazer vários testes e experimentos. Outro fator importante é que mesmo que você encontre o padrão ideal para lidar com o que sente, ainda assim em poucos situações não será o suficiente para evitar a intensificação emocional ou seja, em 80% das vezes, você obterá resultados positivos porém em 20% das vezes não importa o que você faça, não conseguirá evitar. Não pense que você terá uma vida sem os piores níveis de estresse. Isso não existe. Isso é ilusão. É normal e esperado que você em algum momento seja obrigado a lidar com níveis de intensificação emocional altos e não importa o que faça, esses níveis irão chegar de qualquer jeito.

Por isso, emocionalmente você não pode pensar em termos absolutos. Por isso usamos porcentagens. Ao tentar alguma coisa e não funcionar, não determine que não funcionou. Primeiro determine se era normal e esperado que o que sente passasse dos limites e depois analise se dentro do limite esperado a ferramenta ou opção que usou, funciona. Isso significa que muitas vezes a ferramenta funciona porém foi usada em uma intensificação emocional em que a ferramenta não tinha como fazer muita diferença. Logo o problema não é a ferramenta, mas sim a intensificação emocional.

No caso, você precisará aprender a usar as ferramentas e opções certas para diferentes níveis de intensificação emocional. Uma ferramenta que funciona muito bem para intensificações de nível 6, raramente servem para intensificações de nível 8, 9 e principalmente do nível 10.

Entendeu a diferença?

Antes de julgar a ferramenta, analise a intensificação do que está sentindo e somente depois, tente determinar se a ferramenta era boa ou não.

Por exemplo, em uma pessoa sem esses problemas é esperado que tenha um número alto baseado em 80-20, porém em uma pessoa com problemas por exemplo de bipolaridade, ou outros problemas como o Borderline, irá interferir e mudar completamente o padrão. Então ao invés de ser 80%, irá cair para 20%, 30% ou pior. Enquanto as chances da intensificação emocional ficar cada vez mais forte, aumentou de 20% pra 60, 70, 80% ou mais.

Conseguiu perceber a diferença?

Você que não tem certos problemas psicológicos, mentais, emocionais, geralmente terá 80%, porém alguém que tem esses problemas, pode ter apenas 10%. Por isso você não deve ficar julgando as pessoas por não lidarem da mesma maneira que você em determinada situação.

Cada ser humano é diferente. Você irá lidar de uma maneira e seu irmão, pai ou mãe, podem lidar de outra completamente diferente.

O que você tem que fazer agora é tentar lembrar dos momentos em que o que você sentia estava no nível 1 e o que você fez para mantê-lo em nível 1 ou para diminuir o que estava sentindo.

Você pode lembrar que ligou para alguém, ou então pode lembrar que ao estar próximo de alguém importante pra você, o seu nível emocional começou a diminuir e voltar ao normal. Quem sabe irá descobrir que ouviu uma música ou que entrou em uma sala aromatizava. 

Nesse momento eu quero que faça uma lista enorme de coisas que poderiam ajuda-lo nesses momentos. Faça uma lista grande porque você irá testar várias coisas e irá determinar quais funcionam melhor para o nível 1. É importante que tenha opções de sobra ou seja, quando descobrir algo que ajuda, tente descobrir o que mais poderia ajudar. Dessa forma terá várias opções para ajudá-lo.

E em relação aos outros níveis?

Os outros níveis são diferentes porque a intensidade emocional é muito mais forte. E em todos você precisa criar uma lista do que fazer em cada situação. Nessa lista sempre terá a opção de fugir, se afastar, não reagir inicialmente, tudo isso porque você tem a opção de não ficar na situação.

Por isso você precisa ter uma lista de coisas que tem que fazer para diminuir ou se afastar do problema, para não ficar pior. Tudo isso é muito básico. Faça sua lista para cada uma das 4 fases. Entenda que cada fase é diferente, logo não pense que a lista tem que ser igual pra todos porque na prática você perceberá que diferentes níveis demandam diferentes soluções e ferramentas. Pode usar a lista anterior porém terá que readaptar muita coisa.

A última opção é quando não podemos nos afastar da situação. Imagine que você está ficando estressado ou está muito estressado e não pode faltar no trabalho que é muito estressante ou então, você tem que conviver com uma pessoa que abusou de você ou que é violento contra você. Ou então o que você sente te obriga a se manter em uma situação muito ruim pra você.

Em situações assim a história é bem diferente. Se o meu trabalho é estressante e não quero ficar estressado, tenho algumas escolhas:

    1.     Procurar outro emprego
    2.     Aprender a lidar com o estresse

Ao invés de eu perder tempo me focando no estresse ou no trabalho ou seja, foco no problema, irei me focar na solução. Por exemplo, gosto de fazer algo que as pessoas odeiam, eu gosto de me colocar em situações desconfortáveis.

Existem muitas vantagens quando me coloco em posições desconfortáveis:

    1.     Descubro quais são os meus padrões e meus limites
    2.     Descubro como as outras pessoas reagem e o que fazem
    3.     Descubro até onde aguento e o quanto meu corpo e minha mente irá me pressionar para fugir. Descubro novos limites.
    4.     Irei aumentar minha resistência, porque se eu fugir minha resistência não ficará mais forte, porém quando estou no meio do “furacão”, minha resistência é aumentada rapidamente.

Entre várias outras coisas positivas que acontecem quando entramos na zona de desconforto ou quando saímos da zona de acomodação.

Ao invés de ficar chorando por ser estressante, irei me colocar no meio do fogo, irei fazer com que meu estresse fique mais intenso e mais difícil de lidar, propositalmente. Eu não quero soluções. Primeiro eu quero entender o problema a fundo. Quero sentir na pele o que é estar nos piores níveis possíveis. Quero sentir o desconforto. Eu quero ver até onde aguento. E eu nunca conseguiria tais resultados se sempre fugisse da dor.
Você raramente conseguirá bons resultados se sempre fugir da dor.

Não pense que eu sou um super humano porque não sou. Eu era exatamente como você. Você acha que eu era alguém que sempre foi forte ou que sempre tomava a decisão correta?

Claro que não!

Eu descobri do jeito difícil e tive que repetir sem saber várias vezes a mesma situação até chegar ao nível de descobrir ou utilizar essa mentalidade conscientemente.

Tudo começou por duas razoes:

     1.     Eu era um completo perdedor. Muito pior do que você pode imaginar.
     2.     Eu sempre estive em situações de extremo estresse e de pressão emocional.

Tentei tirar minha vida e isso foi em consequência de toda essa pressão que eu enfrentava. Como alguém despreparado pode aguentar tanta pressão? É impossível.

E isso é normal segundo os padrões modernos e do sistema atual porém totalmente desumano quando olhamos com os padrões do novo sistema.

Pra chegar onde cheguei, eu trilhei um caminho terrível, através do erro. Você por outro lado, está aprendendo através do exemplo e do conhecimento, que é um caminho muito mais fácil, confortável e melhor.

Não pense que tenho algo de especial porque não tenho. Não deixe sua mente engana-lo. Seres humanos não são especiais e pode ter certeza que eu sou um ser humano.

Minha dica pra você é que faça as listas, porém é importante que todo mês, você tire pelo menos 40 minutos de um dia, pra analisar suas anotações sobre diferentes padrões emocionais desde estresse, raiva, ódio, assim como alegria, satisfação, prazer e etc. Se encontrar seus padrões de prazer e dor, ao invés de ter que se ferrar 20 vezes até se adaptar naturalmente, precisará passar pela situação no máximo 3 vezes.

Esse é o poder da adaptação consciente.

A meditação de hoje foi útil?

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Dia 40 O poder do que sentimos parte 1


Alguma vez ouviu falar de crime passional? Alguma vez ouviu alguém dizer que perdeu totalmente o controle e cometeu coisas terríveis? Alguma vez viu ou ouviu alguma história de alguém que deixou tudo para viver o sentimento?

A meditação de hoje é sobre o que sentimos. Muitas pessoas acreditam na frase mentirosa que diz assim: “nós controlamos o que sentimos”. Esse tipo de frase somente é verdade para os menos desenvolvidos ou que possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre o que sentimos.

O que sentimos tem um papel muito importante em nossas vidas e muitos seres humanos usam o que sentem para definir o que é certo ou errado. O problema é que pessoas que seguem o que sentem, possuem muita dificuldade em seguir o que é certo. Eis algumas frases típicas de quem vive pelo sentimentalismo ou pelo politicamente correto (a ditadura do sentimento):

  Ø Entre o certo e o errado prefiro aquilo que me faz feliz
  Ø Se sinto alguma coisa só vou, depois me preocupo com as consequências
  Ø O que eu sinto define o que é certo e errado
  Ø Me envolve somente com alguém que me faz “sentir” alguma coisa

Muitas pessoas gostam de dizer que possuímos cero “nível de controle”, o que também não faz muito sentido. Uma forma muito mais fácil de explorar e entender melhor o que sentimos, é:

    1.     O que sentimos, acreditamos, e etc, tem como objetivo nos ajudar a sobreviver, reproduzir, ter muito prazer e melhorar a qualidade de vida.

     2.     Temos que analisar o que sentimos por níveis de intensidade.

Imagine níveis de intensidade de 0 a 10, onde 0 você tem total controle e 10 é o nível mais intenso possível. Na maior parte do tempo para a maioria das pessoas, o que sentimos fica em um nível de intensidade que gera a ilusão de controle.

A ilusão de controle é baseado em nossos limites emocionais. Todo ser humano tem seu nível de inteligência emocional, seu nível de resistência emocional e seus limites. Não adianta pensar que o emocional é o mesmo para todas as pessoas porque não é. Seria um grande erro pensar que o emocional é igual para todos.

O que isso significa?

A inteligência emocional pode ser desenvolvida automaticamente ou seja, através das experiências de vida, porém é impossível alcançar um nível alto de desenvolvimento emocional através da vida, da sociedade, do governo e etc. É comum que o desenvolvimento emocional da grande maioria das pessoas seja muito ruim. E é esperado que seja assim. Toda a sociedade está em um nível de consciência emocional muito baixo e além disso não tem como conseguirem as melhores informações. O sistema não permite e não cria um filtro emocional para impedir que informações falsas se espalhem.

Estimo que mais de 99% das informações sobre inteligência emocional no mercado, são ruins. O que significa que foi criada uma bolha de nível emocional muito baixo e isso faz as pessoas acreditarem que são muito bem desenvolvidas emocionalmente, quando na verdade não são.

Como expliquei em outras meditações, o sistema não permite o desenvolvimento adequado e principalmente não permite que todo seu potencial seja desenvolvido.

Se o seu nível de inteligência emocional é nível 4, significa que seu limite emocional está no nível 4 ou 5. O que acontece com o que sentimos quando a intensidade emocional está abaixo do nível 4?

Você irá acreditar que tem total controle sobre sua vida e principalmente sobre o que sente ou faz. Irá pensar que tem 100% de responsabilidade por tudo o que faz e que o que você sente pode ser controlado. Naturalmente, seus comportamentos serão totalmente conscientes ou seja, você é quem está definindo o que irá fazer.

O que acontece quando o que sentimos está no nível 4 ou 5 de intensidade emocional?

Agora, você começa a ter problemas. Não são problemas tão sérios, mas como está no mesmo nível ou um ponto acima de sua inteligência emocional, você ainda terá um pouco de “controle” sobre o que irá fazer, mas o que sente, irá interferir e até prejudicar um pouco a sua vida de várias maneiras.

Gabriel, como pode prejudicar?

    1.     Sua resistência emocional chegará próximo a zero, o que levará ao estresse muito mais rapidamente.

     2.     Seu desempenho será menor do que gostaria.

     3.     Não se sentirá tão bem como gostaria e pode até pensar que tem algo de errado com você. O que é normal porque como nunca aprendeu sobre inteligência emocional de alto nível antes, irá pensar que é “anormal” ter dias em que não está bem emocionalmente. A vida é assim mesmo, na maior parte do tempo o ser humano é programado para o que sente se manter em um nível de “controle”, assim como terá dias que não se sentirá tão bem. Tudo isso é normal. O que importa é como você lida com o que sente quando não está bem. 

    4.     Terá dificuldades em lidar com o nervosismo porque agora, está muito mais sensível. O que significa que pequenas coisas terão um peso muito maior, o que significa que poderá perder a cabeça mais rapidamente e até tratar as pessoas como geralmente não trata.

     5.     Sua vontade será a de se afastar para descansar a mente ou se livrar do ambiente que o estressa ou o deixa cada vez mais nervoso.

      6.     Entrará em brigas mais facilmente, assim como discussões, além de se revoltar mais facilmente. Em muitos casos pode até chorar com mais facilidade ao ler uma história ou assistir um filme.

   7.     Seus pensamentos estarão de acordo com o que está sentindo, fazendo com que pense muito mais em certa coisa do que em outra. Ou seja, quanto mais intenso é o que você sente, menos conseguirá tirar de sua cabeça e ficará pensando naquilo toda hora, a todo momento.

Entre outros. Aquela dinâmica onde você achava que tinha total controle, agora ficou um pouco mais complicada. Ao invés de você possuir 100% de responsabilidade, agora o que você sente interfere. Então nesse caso seria algo próximo a 50-50. Ou seja, você tem consciência de 50% porém o que você sente tem influência de 50%. Esse meio termo faz toda diferença porque você não conseguirá, mesmo que queira, estar tão bem. É muito difícil mudar o que sentimos porém é possível e quem sabe em outras meditações eu fale sobre como descobrir os padrões do que sentimos, assim como os níveis para que encontre aquilo que é melhor pra você para lidar com o que sente. O que ajuda demais. 

Esse é um ponto onde o que você sente incomoda, mas ainda não faz com que você perca o controle. Então você ainda tem influência sobre seus comportamentos. É interessante notar que o seu comportamento ou ações podem ser bons mesmo estando em uma situação difícil e esse é o problema. Se a pessoa consegue lidar com seu comportamento então ela pode acreditar que tem controle sobre o que sente ou sobre o que faz.

Um dia um de meus alunos de inteligência emocional, estava no começo do treinamento dele e ele disse que controlava o que sentia. Um dia ele veio e disse que tinha mandado a namorada calar a boca e depois disso, agiu com outros comportamentos prejudiciais que afastou ainda mais a namorada. Desde então, ele nunca mais disse que controlava o que sentia porque ele percebeu que o nível de inteligência emociona era muito baixo e que ele não conseguia lidar com coisas simples como a namorada não dando atenção pra ele.

Gabriel, o que acontece quando chegamos nos níveis mais elevados de intensidade emocional: nível 8, 9 e 10?

Antes de responder a essa pergunta quero explicar algo muito importante e relevante. Se a pessoa tem uma inteligência emocional de nível 4 e uma outra pessoa tem a inteligência emocional de nível 8, qual a diferença entre as duas, emocionalmente falando?

As diferenças são absurdas. Em primeiro lugar os níveis 7, 6, de intensidade emocional são fáceis de lidar para quem tem o nível 8 de inteligência emocional. Agora, para quem tem o nível 4 de inteligência emocional, lidar com intensidades emocional de nível 6 e 7, é uma tortura. É um verdadeiro inferno. É uma das coisas mais difíceis que alguém de nível 4 de inteligência emocional pode fazer.

As diferenças são praticamente bizarras entre os níveis 4 e 8 de inteligência emocional. A pessoa de nível 4 se assemelha muito a um animal. Gabriel, você ficou louco! Comparando pessoas a animais! Qual o seu problema?

Em primeiro lugar o ser humano é um animal. Não importa se você se sente bem ou mal com isso. Em segundo lugar quando faço a comparação com um animal estou buscando uma comparação entre o fato dos animais agirem por instintos, impulsos, emoções ou seja, é como uma criança que segue à risca sua programação.

Quando a intensidade emocional é muito forte e a inteligência emocional é baixa, a pessoa irá agir muito mais pelo que sente. É inevitável. O racional perde muita força quando tem que lidar com intensidades emocionais acima do limite emocional.

Não vá pensando que você tem controle e que sabe o que faz, porque não é assim que as coisas funcionam a nível emocional. O que sentimos não segue de forma alguma a lógica, as regras, moral e a inteligência como conhecemos. É um jogo completamente diferente.

Voltando a nossa pergunta principal de qual a diferença entre alguém de nível 8 e de nível 4 lidando com intensidades emocionais mais altas possíveis e é muito simples.

A pessoa que tem o nível 8 de inteligência emocional irá lidar com os níveis mais altos de intensidade emocional de forma muito melhor do que alguém de nível 4. Ambas são afetadas pela mesma intensidade emocional porém a diferença na maneira como lidam e os comportamentos são completamente diferentes.

Por exemplo, alguém de nível 4 pode tentar se matar com muito mais facilidade do que alguém de nível 8 de inteligência emocional. Porém, as diferenças são absurdas:

     1.     O nível 4 não aguenta a pressão muito forte e perde totalmente o controle sobre tudo o que faz, prejudicando não apenas a si mesmo, mas também todas as áreas de sua vida. A pessoa perde tudo literalmente. Enquanto a pessoa com o nível 8 de inteligência emocional tem um preparo muito maior para lidar com os piores níveis de intensidade emocional. Podem até entrar em depressão, porém as chances de tirarem a própria vida é até 100 vezes menor do que alguém de nível 4 de inteligência emocional.

Basicamente, quanto menor for sua inteligência emocional, maiores são as chances de você prejudicar a sua vida. Não importa se é na dor ou no prazer, na paixão ou no ódio, quando a intensidade emocional está muito além do que podemos lidar, criasse uma obsessão muito poderosa, onde pode distorcer completamente a realidade e fazer com que a pessoa faça coisas que nunca imaginou que fosse capaz de fazer. Não importa se é pela paixão ou pelo ódio, pelo prazer ou pela dor. 

     2.     Tempo de recuperação: o tempo de recuperação para alguém de nível 4 pode ser até 20 vezes maior do que o tempo de recuperação de alguém de nível 8 de inteligência emocional. Em alguns casos pode criar um trauma de longo prazo e em outros, alguém de nível 4 pode demorar anos para voltar a ter uma vida “normal”.

   3.     Decisões e a falta de conhecimento: quanto menor o nível de inteligência emocional menos ferramentas, menos conhecimento e maturidade a pessoa tem em lidar com o que sente. É por isso que quanto mais jovem alguém é mais difícil é de lidar com o que sente, e quanto mais velha a pessoa é, esperasse que em média, consiga lidar melhor com o que sente. Um dia irei resolver esse problema ensinando inteligência emocional para crianças e adolescentes em escolas. Isso é se eu me tornar presidente do Brasil. Será?

Alguém de nível 4 de inteligência emocional não consegue tomar as melhores decisões e como eu disse, mesmo que não queira, irá ceder com muita frequência para satisfazer o que está sentindo. Não é que a pessoa não queira tomar as melhores decisões é que a pressão é tão forte que a faz ceder e até ser incapaz de tomar as melhores decisões.

E não tem nada de errado com isso porque faz parte do processo. É comum que a pessoa tenha muitas recaídas, não consiga lidar com o que sente porque isso é o que acontece quando o nível de inteligência emocional é muito baixo.

O nível de resistência da pessoa acaba muito mais rápido, enquanto para alguém que tem o nível 8 de inteligência emocional, é justamente o oposto.

Perceba que ambas as pessoas estão passando pelo mesmo nível de intensidade emocional, porém uma delas é como se perdesse totalmente o controle e a outra é como se consegue impor mais limites.

Por que estou dizendo tudo isso pra você?

Em primeiro lugar é que quero que você pare de seguir o que a sociedade diz sobre “controlar as emoções”. Se conseguir se livrar das porcarias que a sociedade diz, você conseguirá se desenvolver melhor emocionalmente. Seu foco ficará no lugar certo e será capaz de atingir os níveis de inteligência emocional mais altos porém existem várias exceções.

Em segundo lugar é que cada pessoa é diferente, tem padrões emocionais e psicológicos diferentes, são de sexos diferentes, passaram por diferentes experiências, desenvolveram-se de diferentes maneiras principalmente na área emocional, se adaptam a vida de diferentes maneiras, passaram por traumas e dores diferentes, entre outros, cada ser humano cria o que chamo de “padrão único”.

Ao invés de olhar para um ser humano refletindo nele seus valores e capacidades ou seja, como você lidaria com uma situação de determinada é comum que você pense que a pessoa é fraca ou ruim, porém essa é a mentalidade idade errada e você precisa aprender que se você pensa assim, seu nível de desenvolvimento é muito mas muito baixo.

Eu demorei anos para chegar nos níveis mais altos de mentalidade e claridade mental sobre esse assunto. Não foi fácil pra mim porque eu era como você.

Ao invés de julgar ou prejudicar uma pessoa por não conseguir lidar com uma determinada situação tente entender primeiro. Olhe para um crime passional e tente ver o que aconteceu ali:

     1.     Um dos dois foi dominado pelo que sente
    2.     O que sente fez com que a pessoa sentisse na obrigação de fazer alguma coisa para lidar com o que estava sentindo
     3.     O resultado final foi desastroso

O que a pessoa sente em muitos casos pode fazer a pessoa pensar que foi certo o que ela fez, mesmo sendo terrível. E esse problema não envolve apenas crimes passionais, envolve traições, envolve prejudicar pessoas das quais ama ou considera, e assim por diante. A morte no crime passional é apenas o nível mais terrível, porém existem muitas outras consequências, que ocorrem com frequência que as pessoas não tem consciência.

Pegue por exemplo uma pessoa que está tentando cometer suicídio, se você ficar pensando que é por falta de Deus no coração, que é frescura, que a pessoa é fraca, você irá perder a pessoa que ama porque ao invés de ajudar você está prejudicando. E eu sei disso, porque eu tentei tirar minha vida. Depressão é doença e essa doença distorce a realidade, distorce seus valores, faz você se sentir extremamente vazio, faz você perde completamente seu sentido de vida, e em consequência quanto pior fica, maior são suas chances de tirar sua vida, ou ficar viciado em sexo, drogas, álcool, entre várias outras coisas.

A parte interessante é que dos relatos de pessoas que tentaram tirar sua vida, várias delas que pulam de pontes e sobreviveram pra contar a história, disseram que no exato momento em que pularam, perceberam a decisão errada que tomaram e se arrependeram da decisão. É muito difícil vencer a depressão porque ela é tão forte que você somente se dá conta de que é uma ilusão e que a vida é preciosa depois que você comete algo terrível. Nunca antes. 

O que sentimos é algo muito sério e é muito mais importante do que as pessoas e líderes dizem, entendem ou imaginam.

Meu objetivo com essa meditação é passar a seguinte mensagem: O emocional afeta todas as áreas de sua vida e é o desenvolvimento mais importante. Todos os outros desenvolvimentos são secundários quando falamos sobre o desenvolvimento emocional.

O que tem feito para desenvolver-se emocionalmente?

Se você vacilar, seu emocional irá dominar você. E não tente fugir disso porque cedo ou tarde irá acontecer. Todos nós cedo ou tarde teremos que passar pelo teste do ferro e do fogo. Pode ser a morte de alguém importante, pode ser por causa da paixão, pode ser por causa de seus erros, não importa. Cedo ou tarde todos passamos pelo teste do ferro e do fogo. Se você se preparar conseguirá lidar de forma correta, diminuindo o dano causado por causa do que você sente, porém a realidade pode ser bem diferente e você pode cometer muitos erros e em consequência causar muito dano. Onde muitos desses danos não podem ser corrigidos.

Se puder leia o livro “A Linguagem da Emoções” de Paul Ekman.

A meditação de hoje fez algum sentido pra você?



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