Na meditação passada expliquei sobre
controlar o que sentimos e principalmente sobre os diferentes níveis de
intensidade emocional, inteligência emocional, resistência emocional entre
outros. Na meditação de hoje quero terminar o que comecei na meditação anterior.
Agora que você sabe que o que
sentimos é tão poderoso, como podemos fazer para aumentar os dias em que
estamos bem? Como podemos melhorar nossa capacidade de lidar com problemas e
conflitos?
No Livro de Paul Ekman chamado “A
Linguagem das emoções” tem muita informação valiosa, e nesse link irá encontrar
mais sobre emoções, inteligência emocional, conceito de competência emocional
“A regulação emocional tem como objetivo coordenar as
nossas respostas a acontecimentos do nosso quotidiano, logo, sempre que
tivermos uma emoção podemos dizer que ela está a regular as nossas respostas.
O propósito da regulação emocional, é assim, manter
reguladas as emoções pois se forem excessivamente intensas e se se prolongarem
mais do que necessário, estas desequilibram a estabilidade do indivíduo.” –
e-book do link acima.
Esse regulador, todos nós temos, e é
diferente de pessoa para pessoa. Logo não podemos esperar que pessoas
diferentes reajam da mesma maneira ao mesmo acontecimento.
Uma vez que sabemos que algo dentro
de nós regula nossas emoções, sabemos que é algo inato ou seja, que não pode
ser controlado. Uma vez que não pode ser mudado não tem como controlar. Essa é
a razão de você não controlar o que sente.
Sendo assim, o que podemos fazer?
Se realmente queremos uma vida
emocional mais equilibrada temos que nos focar no que podemos controlar.
Muitos pensam que podem controlar
seus pensamentos ou controlar seus comportamentos, mas nós sabemos que não
controlamos nossos comportamentos e pensamentos como pensamos ou imaginamos.
Então, o que podemos fazer?
Desde quando você era pequeno você
nunca teve a oportunidade de iniciar o desenvolvimento emocional correto. O que
você desenvolveu foi baseado justamente em suas experiências de vida, a sociedade,
a religião, o sistema, ambiente, o governo, entre outros. Seu nível de
desenvolvimento emocional é baseado no máximo que é permitido nesse sistema. E
nós sabemos que o nível de desenvolvimento emocional baseado no sistema atual é
de nível 4.
De forma simples, você não atingiu o
potencial que deveria e em consequência muitos dos problemas em
relacionamentos, nas famílias, em lidar com a depressão, com suicídio, crimes
passionais e assim por diante é muito alto. O que é interessante é que quando a
inteligência emocional é muito bem desenvolvida, esses problemas caem em mais
de 80%.
Além disso o que sentimos pode passar
facilmente do “ponto limite”, que é o máximo que aguentamos. Depois que o que
sentimos ultrapassa o ponto limite, não adianta dizer:
Ø A pessoa não sai da situação porque não quer
Ø A pessoa é fraca
Ø A pessoa controla o que sente, ela não deveria ter feito o
que fez
Entre outras coisas. A verdade é que
essa frases são irrelevantes e demonstra o quanto a mentalidade e o
desenvolvimento emocional da sociedade é fraco.
Quando o que sentimos é muito intenso
ou se você preferir “forte”,
irá determinar o que pensamos, nossas decisões e comportamentos. A única
maneira que existe para a pessoa se livrar de uma situação terrível, somente
será possível se a intensidade emocional diminua. Não faz sentido
você dizer pra pessoa que ela irá sair do buraco que se encontra. O correto é
explicar que ela somente irá sair do buraco quando o que ela sentir perder a
intensidade ou seja, perder a força.
Imagine uma pessoa que se envolveu
com um pastor casado, com filhos, 20 anos mais velho, e ambos transavam dentro
da igreja. Imagine esse cenário. Ambos
estão no controle do que sentem ou o que sentem está determinando o que eles
podem ou não fazer?
O que eles sentem está tão forte que
são incapazes de não cometer esses atos terríveis. Inclusive, entrevistei
várias mulheres e muitas delas que disseram que fizeram loucuras e até se
meteram em situações perigosas, o que sentiam estava muito além daquilo que
elas podiam lidar. Uma delas disser assim pra mim:
Ø Eu não gosto do sentimento muito
forte porque eu perco totalmente o controle sobre minha ações e prejudico
demais minha vida.
Vamos imaginar outra situação.
Imagine que um rapaz está namorando e a namorada termina com ele só que ele
fica perseguindo ela. Ele não tem a intenção de machuca-la e sabe que o que ele
faz é errado, porque ele continua a fazer?
Novamente, o que ele sente é tão
forte que o impede de seguir em frente. Nesse caso, para que ele consiga evitar
esse comportamento prejudicial, somente
será possível se a intensidade emocional diminuir. No caso dele a
intensidade emocional permite que ele tenha uma vida normal somente depois de 6
meses do termino. Na maioria dos casos é isso que acontece, porém para outras
pessoas esses 6 meses pode ser 1 ano, 2 anos, 10 anos, uma vida inteira e em
alguns casos, o que a pessoa sente é tão poderoso que distorce o que é certo e
errado. E isso faz com que a pessoa entende que a única forma de acabar com a
dor é se matando ou matando ou machucando o ex companheiro(a).
Entenda que quando o que sentimos
está no controle, nos tornamos uma pessoa completamente diferente e podemos
fazer coisas que nunca imaginamos fazer. Por isso é importante usar estratégias
de termino que são estratégias de termino inteligentes, que permitem que o pior
não ocorra. Porém, o sistema atual não ensina nada disso, logo mais de 200
milhões de pessoas no brasil e 7 bilhões no mundo, estão ferradas. O sistema
que temos aqui, é o mesmo para o resto do mundo.
Inclusive existe uma série com o nome
de “Stalker” que é muito boa e mostra muito desses comportamentos prejudiciais
que não acontecem porque a pessoa quer, mas sim, porque a pessoa não tem como
controlar ou lidar com aquilo corretamente. O que ela sente está no controle e
por causa disso, a pessoa pode se transformar em alguém muito prejudicial.
Por que estou dizendo isso?
Essas pessoas mencionadas acima não
mataram ninguém. Não se mataram. Não usaram de violência para resolverem a
situação. Porém, para milhares de pessoas ao redor do mundo, o que elas sentem
chega ao nível muito grave e destruidor.
Por exemplo, como posso culpar alguém
que pegou a pessoa traindo e desceu a porrada nos dois ou que matou o(a) amante?
E outra pergunta que irá deixar você de cabelo em pé: como posso culpar a
pessoa por trair se o que ela sente também dominou a situação e a fez cometer
um ato terrível que levou a morte ou a violência?
Em crimes passionais tem muita gente
que diz que “a pessoa não concordava com o termino”, essa é uma
frase falsa e irrelevante. O motivo de ser irrelevante e falsa é que a frase é
uma consequência e não a razão.
É muito importante entender que a
razão de crimes passionais que levam tantas pessoas a fazerem boletim de
ocorrência, pararem em hospitais e assim por diante, é algo que está totalmente
fora do controle da pessoa. Não é uma justificativa para fazer coisas ruins. E
sim um alerta porque o sistema atual não faz nada para resolver esse problema.
O sistema atual prefere garantir que
alguém morra, do que tomar ações imediatas e importantes. O sistema atual é uma
porcaria e coloca as pessoas em situações onde morrem. Por exemplo, eu me
cansei das vezes em que li ou assisti que duas pessoas morreram por causa do
sentimento. Se o sistema fosse excelente, sabe quantas pessoas morreriam por
causa do que sentem? Quase nenhuma porque o sistema iria resolver a situação ao
invés de deixar as pessoas se virarem sozinhas.
Por exemplo, é comum depois do
termino, que as coisas não corram tão bem. Isso porque o sentimento foi cortado
abruptamente e em consequência para muitas pessoas é extremamente difícil de
lidar com isso. É comum que a pessoa diga que ama mas o amor com o termino
intensifica o ódio, a raiva, a dor, e isso faz com que a pessoa tenha comportamentos e atitudes agressivas,
ameaçadoras, e mortais.
Quando o que sentimos controla nossas
ações, decisões, atitudes, comportamentos, é o que os profissionais chamam de Patologia (doença emocional).
Existem pessoas que sofrem de paixão patológica. Geralmente as mulheres sofrem
mais de paixão patológica e por causa disso fazem loucuras que estatisticamente
é muito maior do que a dos homens que sofrem do mesmo problema. Em contrapartida
os crimes mais violentos, levando a morte, bem, a história se inverte. Os
homens cometem os piores crimes movidos pelo que sentem.
“A mas o amor é lindo”, meu caro, o que “lindo”
realmente significa? É
lindo porque é uma necessidade humana ou é lindo porque a maioria das pessoas
não entendem aquilo que sentem e acreditam que tem algo de especial no que
sentem?
Existem pessoas que dizem “eu nunca me senti assim antes” e
justificam ações prejudiciais desde que consigam satisfazer o que sentem.
Outro detalhe importante é que quanto
mais jovem, mais tendem a agir pelo que sentem.
Ø Crianças agem quase que 100% pelo que sentem.
Ø Adolescentes agem 80% pelo que sentem.
Ø Jovens agem 60% pelo que sentem
Ø Adultos agem pelo menos com 40% do que sentem.
Esses números podem mudar se o
desenvolvimento emocional iniciar na fase infantil ou seja, quando somos
crianças e deve se manter por toda a vida. Dessa forma os números apresentados
acima podem ser mudados. Porém é importante entender que nunca chegará a 0%.
Nós somos seres humanos e não seríamos o que somos sem o que sentimos. O que
sentimos determina completamente nossas vidas. E sem o que sentimos não
conseguiríamos sobreviver ou reproduzir.
A primeira coisa que devemos fazer é ler os materiais
com as melhores informações disponíveis. Através dessas informações iremos
abrir nossos olhos para o conhecimento que antes não tínhamos. Apenas tome
muito cuidado porque se você não conseguir evitar as piores informações, sua
inteligência emocional estará em risco.
A segunda coisa que devemos fazer é entender o que
podemos fazer para entender nossos padrões emocionais. Essa opção é muito
importante porque ela não existiria se desde pequenos aprendêssemos a
desenvolver o nosso emocional.
Para entender os nossos padrões
emocionais é muito fácil. Uma dica muito interessante é que a partir de hoje,
você anote tudo o que aconteceu com você de positivo ou negativo baseando-se no
que você sente.
1. Imagine que em algum momento do seu
dia, o prazer ou a dor, ficou muito intenso. Quem sabe ficou muito feliz ou
então muito triste, quem sabe ficou estressado ou muito nervoso. Tudo isso é
ótimo e perfeito porque agora você irá anotar tudo o que enfrentou em
consequência do que estava sentindo.
Essa anotação precisa ser feita cheia
de detalhes. Precisa conter:
Ø De 0 a 10, qual foi a intensidade do
que sentiu?
Ø O que o que você sentiu o levou a
fazer?
Ø Por quanto tempo durou o que você
sentiu até que você voltou ao seu estado normal?
Ø Quais foram as consequências baseadas
naquilo que estava sentindo?
Ø Quais eram os pensamentos que passou
em sua cabeça na hora?
Ø Você estava em uma situação que
poderia sair ou que era obrigado a ficar?
Ø Ao ser obrigado a ficar na situação o
que estava acontecendo com seu emocional? Ficando pior ou melhor? Quais eram
seus pensamentos, vontades e desejos? O que pensava e o que fez?
Ø Quais foram seus comportamentos:
brigar, se afastar, tomar uma água, tomar um ar, ir pra cima, demonstrar insatisfação?
Ø Qual o nível de sensibilidade ou
seja, o quanto as pequenas coisas te incomodavam?
Ø Em quem você descontou sua raiva e
frustração? Filhos? Esposa? Alguém desconhecido?
Ø O que piorou o seu estado emocional?
Entre outras perguntas que você pode
fazer.
2. Depois de responder todas as perguntas está na
hora de encontrar soluções para lidar com a situação da melhor forma. Caso ignore o que acabei de dizer,
uma pessoa comum, precisa cometer 20 vezes ou mais o mesmo erro ou passar pela
mesma situação desagradável, para somente então começar a “mudar o comportamento negativo ou a forma como lida com o que sente em
um determinada situação em particular”.
Isso acontece porque a adaptação natural do ser humano é
muito lenta, porém a adaptação
consciente é muito mais
rápida. O problema é que a adaptação natural além de ser muito lenta, não
oferece as melhores soluções porque ela segue os padrões da programação humana
ou seja, o que é inato ao ser humano e também segue o padrão de adaptação
obrigatório em nosso ambiente. Por isso que a inteligência emocional de
diferentes pessoas é diferente em diferentes lugares. Mude o ambiente, e
naturalmente você afeta o desenvolvimento emocional.
A adaptação consciente também é uma
adaptação natural porém quando decidimos ser responsáveis por nossa evolução
emocional. E é isso que estamos fazendo.
Ao responder as perguntas do ponto
anterior você descobriu uma boa parte do seu padrão. Por exemplo, o estresse
tem diferentes padrões porque tem diferentes níveis. O tipo de estresse de
nível 1 é muito diferente do tipo de estresse do nível 10, onde você perde
completamente a noção e o controle sobre seus comportamentos, escolhas,
atitudes e etc.
Não diga que você “descobriu” o
padrão do seu estresse. O correto é você dizer que descobriu o padrão de um
determinado nível do seu estresse. Se você descobriu o padrão de nível 7, então
dá pra ter uma ideia do quão ruim será o próximo nível de padrão, que seria o
8, depois o 9 e o pior de todos, o padrão 10. Através da descoberta de um nível
de padrão, podemos ter uma ideia do quão ruim serão os próximos e esse é um dos
objetivos ao utilizar a adaptação consciente.
Se você conseguir prever como será os
seus piores padrões, então você irá criar uma lista de coisas que pode fazer
para lidar com os piores padrões ou seja, aqueles
padrões que estão muito além de seu limite emocional.
Como posso prevenir ou até mesmo
lidar melhor com esses padrões?
A resposta não é difícil. Você pode
optar pelas seguintes respostas:
1.
Fugir da situação que
causou o padrão
2.
Continuar no padrão
para testar e aumentar sua resistência
3.
É obrigado a ficar no
padrão.
Nas duas primeiras opções, você é
quem determina suas ações, ao menos na maioria das vezes. Existem pessoas que
tem tendências de fuga ou seja, que em situações de perigo ou de forte
intensidade emocional se isolam, fogem, enquanto outras preferem enfrentar e
podem causar muitos problemas.
E a última opção é somente para as
pessoas que não possuem as opções 1 e 2. Por exemplo, alguém que está sofrendo
de paixão patológica não tem como sair da situação. Ela é obrigada a ficar na
situação e tudo o que pode fazer é trabalhar em encontrar maneiras de diminuir
a intensidade emocional. Somente depois que a intensidade emocional diminuir,
então a pessoa conseguirá tomar decisões envolvendo as opções 1 e 2.
Se você ver alguém em uma situação
muito ruim sem chances de sair, geralmente ou é por causa da opção 3 ou envolve
outras razões como conveniência, ameaças, medo, que impedem que a pessoa saia
da situação. O ambiente a falta de oportunidade de sair da situação interfere
na decisão. Por isso avalie a situação
antes de chegar a conclusões precipitadas. Ao invés de aceitar o primeiro
pensamento que vem em sua cabeça, tente analisar a situação de forma diferente
e se pergunte se a pessoa é obrigada a se manter em uma situação da qual não
pode evitar ou sair. Se ver alguém perseguindo alguém, então você sabe que
nessa situação a pessoa também é uma escrava porque não tem como evitar ou sair desse padrão de comportamento
prejudicial.
Quando temos as opções 1 e 2 devemos
tirar o melhor delas. O segredo é você avaliar suas opções em cada cenário. Por
exemplo, vamos pegar o estresse. Todo estresse passa por fases:
1.
Fase 1 ou inicial
2.
Fase 2 ou intermediária
3.
Fase 3 ou fase de
transição de intermediária para final
4.
Fase 4 ou fase final
Toda emoção pode passar por uma
dessas fases ou por todas elas. Se você for capaz de reconhecer o estresse na
fase 1 ou seja, no começo, no início, será
capaz de criar uma estratégia para evitar que o seu estresse fique pior.
É claro que não controlamos o mundo ao nosso redor mas podemos tomar decisões
diferentes como por exemplo, se estou estressado e ficarei muito mais por causa
do transito que irei pegar, posso optar por trabalhar até mais tarde ou depois
do trabalho ir para um restaurante ou lugar tranquilo e ficar lá por um tempo.
E somente depois, pegar a estrada porque não terá transito. Essa é uma forma
inteligente de evitar uma situação pior quando tenho escolha.
Uma simples ação que impediu que o
estresse chegasse na fase 2 ou maiores.
A fase 1 é a fase onde você reconhece
o que está sentindo. Por exemplo, quando você acorda, você consegue
conscientemente determinar se você está bem, se está normal ou se está mal.
Você faz isso até sem querer.
Como você pode fazer isso durante o dia?
Deixe recados em vários lugares e
deixe lembretes todos os dias e até mesmo várias vezes durante o dia, onde você
irá responder a seguinte pergunta:
Ø O que você está sentindo agora?
A intenção dessa pergunta é muito
poderosa e tem como objetivo fazer com que você pense no que está sentindo. Com
o passar do tempo você fará isso automaticamente e será capaz de sentir ou
perceber quando seu estado vai ficar pior. E se você ignorar o que acabei de
dizer, o que irá acontecer é que continuará como a maioria dos perdedores e
fracassados.
Bem, o que você fará assim que
descobrir que o seu estado emocional pode ser alterado por causa de alguma
situação?
Nesse caso você precisa ter opções do
que fazer. E somente você pode determinar o que fazer e também, terá que fazer
vários testes e experimentos. Outro fator importante é que mesmo que você
encontre o padrão ideal para lidar com o que sente, ainda assim em poucos
situações não será o suficiente para evitar a intensificação emocional ou seja,
em 80% das vezes, você obterá resultados positivos porém em 20% das vezes não
importa o que você faça, não conseguirá evitar. Não pense que você terá uma
vida sem os piores níveis de estresse. Isso não existe. Isso é ilusão. É normal
e esperado que você em algum momento seja obrigado a lidar com níveis de
intensificação emocional altos e não importa o que faça, esses níveis irão
chegar de qualquer jeito.
Por isso, emocionalmente você não
pode pensar em termos absolutos. Por isso usamos porcentagens. Ao tentar alguma
coisa e não funcionar, não determine que não funcionou. Primeiro determine se
era normal e esperado que o que sente passasse dos limites e depois analise se
dentro do limite esperado a ferramenta ou opção que usou, funciona. Isso
significa que muitas vezes a ferramenta funciona porém foi usada em uma
intensificação emocional em que a ferramenta não tinha como fazer muita
diferença. Logo o problema não é a ferramenta, mas sim a intensificação
emocional.
No caso, você precisará aprender a
usar as ferramentas e opções certas para diferentes níveis de intensificação
emocional. Uma ferramenta que funciona muito bem para intensificações de nível
6, raramente servem para intensificações de nível 8, 9 e principalmente do nível
10.
Entendeu a diferença?
Antes de julgar a ferramenta, analise
a intensificação do que está sentindo e somente depois, tente determinar se a
ferramenta era boa ou não.
Por exemplo, em uma pessoa sem esses
problemas é esperado que tenha um número alto baseado em 80-20, porém em uma
pessoa com problemas por exemplo de bipolaridade, ou outros problemas como o
Borderline, irá interferir e mudar completamente o padrão. Então ao invés de
ser 80%, irá cair para 20%, 30% ou pior. Enquanto as chances da intensificação
emocional ficar cada vez mais forte, aumentou de 20% pra 60, 70, 80% ou mais.
Conseguiu perceber a diferença?
Você que não tem certos problemas
psicológicos, mentais, emocionais, geralmente terá 80%, porém alguém que tem
esses problemas, pode ter apenas 10%. Por isso você não deve ficar julgando as
pessoas por não lidarem da mesma maneira que você em determinada situação.
Cada ser humano é diferente. Você irá
lidar de uma maneira e seu irmão, pai ou mãe, podem lidar de outra
completamente diferente.
O que você tem que fazer agora é tentar lembrar dos momentos
em que o que você sentia estava no nível 1 e o que você fez para mantê-lo em
nível 1 ou para diminuir o que estava sentindo.
Você pode lembrar que ligou para
alguém, ou então pode lembrar que ao estar próximo de alguém importante pra
você, o seu nível emocional começou a diminuir e voltar ao normal. Quem sabe
irá descobrir que ouviu uma música ou que entrou em uma sala aromatizava.
Nesse momento eu quero que faça uma
lista enorme de coisas que poderiam ajuda-lo nesses momentos. Faça uma lista
grande porque você irá testar várias coisas e irá determinar quais funcionam
melhor para o nível 1. É importante que tenha opções de sobra ou seja, quando
descobrir algo que ajuda, tente descobrir o que mais poderia ajudar. Dessa
forma terá várias opções para ajudá-lo.
E em relação aos outros níveis?
Os outros níveis são diferentes
porque a intensidade emocional é muito mais forte. E em todos você precisa
criar uma lista do que fazer em cada situação. Nessa lista sempre terá a opção
de fugir, se afastar, não reagir inicialmente, tudo isso porque você tem a
opção de não ficar na situação.
Por isso você precisa ter uma lista
de coisas que tem que fazer para diminuir ou se afastar do problema, para não
ficar pior. Tudo isso é muito básico. Faça sua lista para cada uma das 4 fases.
Entenda que cada fase é diferente, logo não pense que a lista tem que ser igual
pra todos porque na prática você perceberá que diferentes níveis demandam
diferentes soluções e ferramentas. Pode usar a lista anterior porém terá que
readaptar muita coisa.
A última opção é quando não podemos
nos afastar da situação. Imagine que você está ficando estressado ou está muito
estressado e não pode faltar no trabalho que é muito estressante ou então, você
tem que conviver com uma pessoa que abusou de você ou que é violento contra
você. Ou então o que você sente te obriga a se manter em uma situação muito
ruim pra você.
Em situações assim a história é bem
diferente. Se o meu trabalho é estressante e não quero ficar estressado, tenho
algumas escolhas:
1. Procurar outro emprego
2. Aprender a lidar com o estresse
Ao invés de eu perder tempo me
focando no estresse ou no trabalho ou seja, foco no problema, irei me focar na
solução. Por exemplo, gosto de fazer algo que as pessoas odeiam, eu gosto de me
colocar em situações desconfortáveis.
Existem muitas vantagens quando me
coloco em posições desconfortáveis:
1. Descubro quais são os meus padrões e
meus limites
2. Descubro como as outras pessoas
reagem e o que fazem
3. Descubro até onde aguento e o quanto
meu corpo e minha mente irá me pressionar para fugir. Descubro novos limites.
4. Irei aumentar minha resistência,
porque se eu fugir minha resistência não ficará mais forte, porém quando estou
no meio do “furacão”, minha resistência é aumentada rapidamente.
Entre várias outras coisas positivas
que acontecem quando entramos na zona de desconforto ou quando saímos da zona
de acomodação.
Ao invés de ficar chorando por ser
estressante, irei me colocar no meio do fogo, irei fazer com que meu estresse
fique mais intenso e mais difícil de lidar, propositalmente. Eu não quero soluções. Primeiro eu quero
entender o problema a fundo. Quero sentir na pele o que é estar nos piores
níveis possíveis. Quero sentir o desconforto. Eu quero ver até onde aguento. E
eu nunca conseguiria tais resultados se sempre fugisse da dor.
Você raramente conseguirá bons resultados se
sempre fugir da dor.
Não pense que eu sou um super humano
porque não sou. Eu era exatamente como você. Você acha que eu era alguém que
sempre foi forte ou que sempre tomava a decisão correta?
Claro que não!
Eu descobri do jeito difícil e tive
que repetir sem saber várias vezes a mesma situação até chegar ao nível de
descobrir ou utilizar essa mentalidade conscientemente.
Tudo começou por duas razoes:
1. Eu era um completo perdedor. Muito
pior do que você pode imaginar.
2. Eu sempre estive em situações de
extremo estresse e de pressão emocional.
Tentei tirar minha vida e isso foi em
consequência de toda essa pressão que eu enfrentava. Como alguém despreparado
pode aguentar tanta pressão? É impossível.
E isso é normal segundo os padrões modernos e do sistema
atual porém totalmente desumano quando olhamos com os padrões do novo sistema.
Pra chegar onde cheguei, eu trilhei
um caminho terrível, através do erro. Você por outro lado, está aprendendo
através do exemplo e do conhecimento, que é um caminho muito mais fácil,
confortável e melhor.
Não pense que tenho algo de especial
porque não tenho. Não deixe sua mente engana-lo. Seres humanos não são especiais e pode ter certeza que eu sou um ser
humano.
Minha dica pra você é que faça as
listas, porém é importante que todo mês, você tire pelo menos 40 minutos de um
dia, pra analisar suas anotações sobre diferentes padrões emocionais desde
estresse, raiva, ódio, assim como alegria, satisfação, prazer e etc. Se
encontrar seus padrões de prazer e dor, ao invés de ter que se ferrar 20 vezes
até se adaptar naturalmente, precisará passar pela situação no máximo 3 vezes.
Esse é o poder da adaptação
consciente.
A meditação de hoje foi útil?
Entre em contato e nos diga o que achou e se fez sentido pra
você.
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