“Eu ganhei o meu primeiro kart quando tinha
apenas 4 anos de idade. Meu próprio pai, um entusiasta do automobilismo
construiu a máquina usando o motor de máquina de cortar grama.
A família se impressionou com a
facilidade com que eu dominava o brinquedo. Aos 9 anos já voava em um jipe na
propriedade rural da família. Aos 13 anos comecei a competir nas provas de
kart.
As duras penas e depois de muitos
prêmios cheguei a fórmula 1. Cheguei ao tri campeonato mundial mas no auge da
carreira, vocês sabem o que aconteceu.
Eu sou Ayrton Senna.
Ganhei meu primeiro prêmio vencendo o
campeonato sul-americano de kart aos 17 anos. Continuei vencendo vários
campeonatos nos anos seguintes mas eu estava frustrado por não conseguir ser o
melhor do mundo.
Fui vice-campeão algumas vezes mas
sempre dizia que queria o primeiro lugar ou nada.
Aos 21 anos comecei a competir na
Europa e ganhei o campeonato inglês de fórmula ford 1600. Mas aí começou o meu
dilema. Apesar das vitórias faltou patrocínio. Minha família temia pelos
perigos da pista e não me apoiavam totalmente. Tive que amargar o abandono do
automobilismo e passar a administrar uma loja de materiais de construção de meu
pai.
Mas, não dava mais pra ficar parado.
No ano seguinte voltei para a Europa.
Eu não estava errado. Fui campeão Europeu e Britânico de Fórmula Ford 2000
naquele ano. Aí comecei na Fórmula 3 britânica e cheguei ao Brasil assediado
por jornalistas e o público.
Venci vários outros campeonatos e em
1983 fiz meus primeiros testes com a tão sonhada Fórmula 1.
Em 1984 fiz minha primeira corrida
oficial na categoria justamente no grande prêmio do Brasil. No final daquele
ano sofri um grave susto ao sentir o rosto paralisado. Pensou-se que foi um
derrame mas tratava-se de uma paralisia facial periférica.
O primeiro lugar ou nada. Eu não
desistia dessa ideia. Até que aconteceu. Após várias vitórias nos anos
seguintes, sagrei-me campeão mundial em 1988. Repeti a dose em 1990 e 1991.
Aos 31 anos de idade, tornando-me o
piloto mais jovem a conquistar o tricampeonato na Fórmula 1. Eu me lembro da
minha primeira vitória no Brasil, mas também paguei um alto preço pelo esforço
excessivo.
O final foi dramático. Perdi quase
todas as marchas da minha máquina. O desgaste físico além do normal me impediu
de sair do carro sozinho. Eu gritava sem saber ser era de dor ou de alegria
pela vitória. Fui pra casa escoltado por policiais devida a presença massiva do
público. Mas fiz questão de acenar para a multidão por cima do muro.
Fui apelidado de Rei das “Pole
positions” marcando minha fama de veloz devido aos recordes nessa posição.
Sempre conservei grande habilidade em dominar as pistas sobre a chuva. O que
também se tornou uma marca.
No geral, cheguei a ser o terceiro
piloto mais bem sucedido de todos os tempos em questão de vitórias. Foi então que chegou o fatídico 1 de
maio de 1994.
Era a terceira corrida da temporada
no GP de San Marino em Mola na Itália. Fiz a terceira melhor volta da corrida, entrevei
na curva onde outros já haviam batido antes, a barra de direção se quebrou a
última coisa que consegui fazer foi reduzir a velocidade de cerca de 300 Km/h
para 200 Km/h.
O muro de concreto estava em frente e
eu, bem, eu já não posso terminar a minha história.”
A história de Senna segue
imortalizada pelos seus feitos, suas conquistas, sua determinação e seu
carisma.
Quais lições podemos tirar da vida de Ayrton
Senna?
As principais lições vai muito além
de querer ser um vencedor. A maioria das pessoas querem os resultados mas se
esquecem que por trás de grandes resultados tem grandes sacrifícios e
principalmente muitos anos de trabalho duro para poucos momentos de glória.
Muita gente quer a glória mas não faz
os sacrifícios para atingir o que tanto deseja. Muitos querem ter uma vida
social melhor, mas não querem ter que conversar com as pessoas. Muitas querem
ter um parceiro ou parceira atraente e desejável, mas não se esforçam para
aprender como se adaptar a essas pessoas. Muitos querem ter uma família unida e
muito bem estruturada, mas não se preparam para lidar com a família.
Muitos também se esquecem que a vida
é sobre competição e que por mais que você não queira, existem outras pessoas
lutando para conquistar o mesmo que você. Sendo assim, a maioria das pessoas
não desenvolve a inteligência competitiva e não entendem porque estão falhando.
A maioria das pessoas querem mas como
podem conquistar alguma coisa sem as melhores informações?
Tudo começa encontrando o guia ideal.
Tudo começa trabalhando em sua mentalidade. Se você não consegue se esforçar
para vencer alguns medos, como pretende conquistar grandes objetivos?
No caso, ao querer algo que não está
preparado, tudo o que está fazendo é sonhando com o irreal e querendo obrigar
que o mundo seja como você quer ou como gostaria. Você não está se adaptando a
vida e a realidade corretamente e mesmo assim espera resultados incríveis.
Se você está fazendo isso, pode ter
certeza que você é um tolo. Deve ser alguém que não conhece a si mesmo, não conhece
as próprias limitações e principalmente não sabe como o mundo funciona. Aqueles
que não estão preparados para lidar com a realidade, são aqueles que mais
sofrem.
Não é sobre o que você quer, mas sim,
sobre as oportunidades que a vida oferece. Você pode querer ser um “vencedor”
porém ainda não entendeu que vencedores são aqueles que criam uma base sólida e
que respeitam todo o processo. Resultados são consequências.
Seu maior erro é se focar no
resultado porque o resultado tira seu foco e disciplina na criação de uma base
sólida e principalmente diminui sua capacidade de respeitar todo o processo
para conquistar o que deseja.
O segredo é se tornar competente ao
invés de querer ser um vencedor. A questão está no que você pode fazer, ao
invés do que você quer. A vida não é
sobre o que você quer, mas sim sobre o que você pode ter.
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